terça-feira, 16 de outubro de 2007

Anjos, Fadas e Sereias:12 Teses sobre Cibercultura

1. O ciberespaco e a cibercultura não podem ser compreendidos so entre si, necessitam para a sua compreensão a correlação com um estado de civilização.
A internet não pode ser vista separadamente, só em conjunto com alguns dos mais importantes desenvolvimentos tecnológicos do nosso século, tais como, as viagens espaciais, a manipulacão genética, a cirurgia plástica, a televisão, a informática, etc...
A rede nasce no momento de maior cansaço da civilização e no momento em que ela acredita na simultaneidade do seu fim e do seu renascimento.

2.O processo de multiplicação infinita da informação, o desaparecimento dos centros, o apagamento progressivo das figuras de poder, deram o seu lugar a uma ilusão de liberdade e de autonomia.
A civilização ocidental obteve a sua vitória definitiva sobre todos os outros sob a forma da simultaneidade do rizoma e das imagens criadoras de real.

3.O ciberespaço não é a abolição das fronteiras nem das muralhas da cidade, mas a invisibilização de fronteiras e muralhas, de valores e poderes, é uma redução da exterioridade. No futuro todos os conflitos são simultaneamente, interiores à civilização e inóquos em relação aos fundamentos desta.

4.Os objectos sao substituídos por representações de representações sendo um processo infinito. A comunicção e a produção contêm em si mesmas o seu objecto e os seus objectivos. O objectivo das instituições é exclusivamente a sua sobrevivência, são macro-objectos virtuais que asseguram a consistência e o sentido aparentemente real dos objectos.

5.No ciberespaço todos podem comunicar com todos, não existe verdadeiramente objecto de comunicação,porque não há exterioridade e porque o indivíduo só existe enquanto inserido em projectos que asseguram a reprodução das instituições.

6.Anjas, fadas e sereias não são metáforas, são formas de ligação, são mecanismos de comunicação com o infinito. Permitem articular o humano com as naturezas míticas desses elementos.
O infinito é por condição mítica o inalcançável pois opõe-se ao mundo terreno.
A posição do homem é ambivalente perante tais seres, buscando sempre uma ligação ansiosa com esses outros elementos infinitos.
A cibercultura é caracterizada pela indistinguibilidade entre anjos, fadas e sereias e imagens quotidianas.
O espaço virtual sintetiza todas essas modificações, é um espaço alternativo ao espaço da vivência humana e uma extensão desses espaço.

7.O desejo torna-se um elemento de actualização da Lei pela abolição do seu objecto e do espaço específico desses objecto.

8.Os saberes e as ideias deixam de ser elementos organizadores da vida para se tornarem geradores de novas ideias, constituindo assim um infinito mundo noológico cuja existência é puramente virtual. O virtual é a natureza íntima dos próprios saberes e das imagens existenciais propostas ao indivíduo. A esmagadora maioria dos saberes que integram a cultura actual são puramente virtuais.

9.1º Momento-O desenvolvimento do ciberespaço acentua o fosso entre países pobres e ricos.
2ºMomento-Começou a tornar possível o acesso à informação por parte dos países pobres, contribuindo, assim, para que estes, apesar das suas deficientes condições económicas, começassem a aproximar-se dos países ricos em termos de informação e de possibilidades de comunição.Embora estes dois pontos formem uma questão ambígua, pois seria necessário perguntar se a maior parte da informação que circula na rede interessa de facto aos países periféricos.
Numa fase inicial, a rede tende a reproduzir os mecanismos que lhe são exteriores, os modos de viver e de trocar informação, algum tempo será ainda necessário para que a rede imponha verdadeiramente a sua natureza ao comportamento dos indivíduos.

10.O ciberespaço é um hipertexto aparentemente caótico. A rede é um infinito infinitamente limitado, é uma teia.

11.No ciberespaço a interactividade ocupa o lugar da acção, o sujeito da acção é a teleologia e o seu objecto é o homem. O indivíduo no ciberespaço torna-se espectador de si mesmo do seu poder e da sua liberdade. O ciberespaço existe no interior de um espaço virtual acentuadamente gráfico e configurável pelo sujeito, esse sujeito pode organizar e ordenar o cosmos à medida do seu gosto pessoal.

12.O ciberespaço radicaliza o quadro civilizacional. Não existe a distância necessária à possibilidade de assunção ou não assunção dos valores, esses valores identificam-se com a situação do homem constituindo uma nova metafísica naturalista.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Trabalho aula dia 10/10/07

Revista "Ficções"

A escritora Luísa Costa Gomes é directora da revista "Ficções". A "Ficções" é uma publicação semestral de contos editada pela Tinta Permanente. Um exemplo único no nosso país. Desde 2002 que tem um "site" na Internet (de que aqui já falámos nessa altura) mas agora a novidade é que, com o apoio do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas e com a participação inicial do Projecto Vercial da Universidade do Minho, vão realizar um projecto pioneiro na divulgação do conto clássico e contemporâneo (pelo menos em Portugal), constituindo a primeira Biblioteca Online do Conto. Será a primeira biblioteca de textos integrais "on-line" em português e "numa primeira fase, o objectivo é colocar 'on-line' um extenso rol de contos e novelas portugueses do século XIX, bem como a quase totalidade dos contos contemporâneos encomendados pela e publicados na revista Ficções ao longo destes quatro anos. Como objectivo final, a Ficções quererá constituir uma Biblioteca Universal do Conto, disponibilizando textos integrais e traduções fidedignas da literatura universal", explica Luísa Costa Gomes. "Pensamos não ser necessário enfatizar a importância desta iniciativa para todos os que falam e estudam português no mundo inteiro. Colocar 'on-line' estes contos, numa edição revista, integral e credível, é tornar acessíveis aos estudantes e leitores que usam a Web, alguns textos muito importantes da nossa cultura", acrescenta. Neste momento, já podem ser consultados no "site" alguns dos contos que já fazem parte da biblioteca e que foram revistos tipograficamente. (…) E claro, contos de Camilo, Eça, Aquilino, Sena, Fernando Cabral Martins, Teresa Veiga, Mário de Carvalho, Maria Velho da Costa, Hélia Correia, Agualusa, Machado de Assis, Luísa Costa Gomes, Ramalho Ortigão, Jaime Rocha, entre outros. Aguarda-se o desenvolver do projecto com expectativa.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Rock!!!!!

!!!!ROCK N ROLL!!!!4 EVER!

Hey!

Ola chamo me rui paulino....:P